terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ciclo

São tuas feridas abertas e tuas cicatrizes que fazem de ti quem tu és
És a soma de tuas dores, sentidas ou anestesiadas
São as marcas fundas que te moldam e te dão forma
E como tomar forma dói!
Os anestésicos de nada servem
São máscaras trapaceiras
A ferida continua lá, aberta, sangrando, te lembrando que ela existe a cada solavanco.
O que é preciso é curar a ferida, fechá-la e mantê-la calada
Para isso, o único remédio que conheço é o amor.
O amor não é um bom anestésico, mas é o melhor, se não o único, cicatrizante que existe mas, ah, o amor!
Não foi ele o grande causador de tudo?
Amar é abrir o peito e deixá-lo vulnerável a toda ferida e toda dor.
Num ciclo infinito.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Erros de outrém

Há coisas que, quando se quebram, não podem mais ser coladas. Achei que tinha aprendido isso há muito tempo, mas a vida insiste em continuar me ensinando. Talvez para ter certeza de que eu vá aprender bem aprendido.

Dizem que os reveses da vida nos ajudam a crescer. Não há uma verdade universal para nada, não é? Acho que, nesse caso, o revés vem só para me despedaçar.
E fica aprendido que, na verdade, as coisas podem sempre ser piores do que parecem.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Meu erro

Até onde a hipocrisia pode chegar? Até que ponto manter a pose é mais importante que confiar? Até quando mentir vai se sobrepor a amar?

Eu sempre soube que entrega total não existia, mas um dia acreditei na ilusão de que a tinha encontrado.
Eu devia saber que sempre estive certa e que errada eu estava agora.