terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ciclo

São tuas feridas abertas e tuas cicatrizes que fazem de ti quem tu és
És a soma de tuas dores, sentidas ou anestesiadas
São as marcas fundas que te moldam e te dão forma
E como tomar forma dói!
Os anestésicos de nada servem
São máscaras trapaceiras
A ferida continua lá, aberta, sangrando, te lembrando que ela existe a cada solavanco.
O que é preciso é curar a ferida, fechá-la e mantê-la calada
Para isso, o único remédio que conheço é o amor.
O amor não é um bom anestésico, mas é o melhor, se não o único, cicatrizante que existe mas, ah, o amor!
Não foi ele o grande causador de tudo?
Amar é abrir o peito e deixá-lo vulnerável a toda ferida e toda dor.
Num ciclo infinito.

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