segunda-feira, 31 de março de 2008

Uma coisa que sempre penso

Livros são importantes. Filmes fazem minha vida mais feliz. Mas o que seria de tudo isso se eu não tivesse ar pra respirar?
O que seria da minha vida sem música?
Não seria vida, e eu não suportaria vegetar por muito tempo.

domingo, 23 de março de 2008

Sobre histórias

Uma vez, quando eu tinha 11 anos, Richard Bach me disse que o mundo era feito de ilusões, e que eu podia controlá-las e fazer o que eu quisesse. "Ninguém pode nos impedir de fazer o que queremos fazer", foram as palavras que ele usou.

Na mesma ocasião, ele me contou também que não tinha vontade de escrever nenhum outro livro depois de Fernão Capelo Gaivota. Mas as idéias não o deixavam em paz. Vinham até ele, o agarravam pelo pescoço e gritavam "Não o largarei até que me ponha no papel em palavras." E assim ele fez.

Gostei do que ele me contou porque eu sentia o mesmo. Naquela época, não tão forte como senti depois, quando comecei cinco livros e três fanfics. Nenhum deles chegou ao final, e eu não acho que um dia chegarão. Foram impulsos de adolescente.

Talvez por isso eu tenha gostado tanto do Niggle. Faz pouco mais de um mês que o conheci, e ele me fascinou. Muito resumidamente, Niggle é um artista que nunca termina seu quadro. Não resumidamente, há muito o que se dizer sobre ele. E ele é o alterego de Tolkien, dizem por aí. Acho que essas pessoas têm razão. Não há como não relacionar o quadro de Niggle com a obra (à época) inacabada de O Senhor dos Anéis.

Hoje eu não me atrevo a escrever nada comprido. Mas as palavras continuam me sacudindo e gritando no meu ouvido, exigindo serem transcritas. Então, ano passado, aderi ao blog. Comecei com um blog coletivo, aí fui para o blog em dupla, só então comecei essa viagem solitária.

A todos que porventura aqui passarem, bem vindos a bordo. O expresso vermelho já está apitando.